CLUBE DA BOLINHA ORIGEM


A idéia de congraçar alguns seguradores que entendiam estar no mercado segurador de São Paulo, na sua Comercialização, se deteriorando graças a uma crescente e anti-ética concorrência, levou Dimas de Camargo Maia, Osório Pamio, Dalton Guimarães, Humberto Felicce, Décio Costa, Gilson Freitas, S. R. De Chagas Goes e outros, há exatamente 40 anos, reunirem-se e discutirem a necessidade de formação de um Grupo empenhado em resistir, unido e solidário, a imprudente e ruinosa atuação que crescia célere.
Em Princípio, criava-se, assim um Clube de Seguradores.
Seus componentes, coesos, observando um tácito, acordo de cavalheiro, mantiveram as operações, de suas seguradoras, solidariamente, dentro das normas ortodoxas de comercialização.
Reunidos uma vez por mês em torno de uma mesa (num descontraído Jantar) consolidavam os princípios da solidariedade, de amizade, denunciavam procedimentos reprováveis excessos e abusos, com vistas a alijar do mercado os elementos que os praticavam.
O ingresso de novos companheiros se fazia por escrutínio secreto e o voto era a colocação de bolinha branca, aprovando, ou uma presta rejeitando o candidato.
Sem denominação entenderam seus fundadores de dar ao grupo o nome de Clube da Bolinha, com alusão a bolinha que selecionava o quadro de companheiros.
O Clube cresceu em prestígio e respeitabilidade e sua atuação repercutiu em todos os meios ligados a instituição do seguro, principalmente junto ás suas lideranças de outros Estados.
Assim, incentivados pelo idealismo de Dimas de Camargo Maia, posteriormente, aclamado Magnífico Reitor nacional dos Clubes da Bolinha, seguradores de outros estados entenderam de fundar seus próprios Clubes.
O Clube da Bolinha representa um pugilo de homens de boa vontade, lutadores pela causa da fraternidade, da confraternização e da solidariedade no setor de atividade de seguros.
O conceito de idealismo regido por homens que acreditam ainda na ética do trabalho, na valorização dos indivíduos e na exaltação do dever cumprido.
É um fato relevante e verdadeiramente marcante a idéia de nos congregarmos dentro de um mesmo princípio, de um mesmo ideal, visando uma união de todos nós que militamos neste ramo, visando um aprimoramento ético que crie dentro de nosso grupo personalidades definitivas que se imponham pela correção e pelo zelo profissional.
Somos um grupo de seguradores com qualificação pessoais e profissionais, que unidos procuram - repito - com ética e zelo a caminho da sua sempre crescente valorização pessoal e da instituição de seguro.
Consideramos que os métodos, normas e conveniências são outras, mas, não podemos perder de vista os princípios sobre os quais edificamos e consolidamos nosso clube: - ética - amizade - respeito mutuo.
Vale também registrar algumas razões por que se criaram os Clubes da Bolinha, referimos ao discurso de posse do ilustre Companheiro J. A. Borges Aranha, pronunciando no jantar de 1° de dezembro de 1987 por ocasião na sua posse na magnifica reitoria do Clube da Bolinha de São Paulo.
Relatamos alguns trechos:
"Peço-lhes permissão para voltar um pouco no tempo.
Pretendo lembrar que foi o mercado de seguros na década de 40, mais precisamente entre 45 e 55. O término da II grande Guerra Mundial marcou o início da explosão do parque industrial de São Paulo, e fez com que se cocretassem riquezas a nível de instalações e estoques, consequentemente a profusão de riscos a segurar.
Como não poderia ser, a concorrência acirrou-se. As seguradoras nacionais eram preteridas em favor das estrangeiras, que tinham mais credibilidade. Nessa altura dos acontecimentos os seguradores e seus prepostos não se conversavam. O concorrente era confundido com o inimigo, aquele que por qualquer meio tentaria roubar o negócio do outro.
Todos os acordos de cúpula que eram tentados tinham a característica de imediato descumprimento. Nesse momento de confusão, balbúrdia, indisciplina premeditada e desentendimentos, surge uma luz. Uma idéia brilhante que, uma vez colocada na prática, deu início ao lento processo de tentativa, de transparência e início de erguimento do nível de entendimento entre os profissionais da época, o que deu causa ao melhor embasamento do mercado.
Que luz foi essa?
As grandes idéias e sempre tiveram a característica de simplicidade. O seu patrono, o Dimas Camargo Maia, quis simplesmente conversar.
Conversa francamente. Deu mãos a obra provendo uma reunião almoço com mais dois colegas, o Humberto Felicce e o José Cabral, já falecido entre um copo e outro o bom papo se fez ficando patente que os companheiros não eram tão maus assim e podia-se conversar...
Os almoços tornaram-se freqüentes e a cada um deles juntava-se mais um profissional, sempre escolhido entre os presentes, pretendendo tivesse o novo companheiro aqueles mesmos objetos.
Foi assim que nasceu o Clube da Bolinha.
Regendo a orquestra, catalisando com muita sapiência a unidade do grupo destaca-se o fundador, Sr. Dimas C. Maia a quem presto, no momento, juntamente com os demais ex-reitores, a minha homenagem.
Lembro a necessidade de reviver o decálogo do clube uma vês que o seu escopo é preservar é preservar com dignidade a nossa profissão.


SER BOLINHA

É ser amigo solidário e afetuoso.
É ser tolerante, capaz de aceitar os defeitos e falhas dos seus companheiros.
É saber manter vivo o espírito de solidariedade que une a todos.
É saber manter impecável conduta profissional e ética.
É ser participativo, solícito e gentil.
É ser jovial, alegre, extrovertido, bom garfo, bom copo, bom com elas, bom para elas.
Ser Bolinha é ser Bolinha e não "estar" Bolinha...

Voltar